terça-feira, 8 de março de 2011

Diretoria BIÔNICA silencia diante de LACERDA

A diretoria biônica do SindREDE-BH silencia-se diante de Lacerda
Dois anos de governo Lacerda e a atual diretoria biônica não consegue sequer organizar a resistência, finge que os problemas que acontecem na cidade e com a categoria não nos atingem, ao invés de propor o confronto direto e público, trabalha no varejo respondendo pontualmente fragmentos da política de exclusão lacerdista. Os discursos radicais não vêem acompanhados de práticas coerentes.

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Para compreendermos melhor a política da diretoria biônica, vejamos alguns fatos.
O principal deles foi o desenrolar da greve e os efeitos no interior das escolas. O nosso coletivo apresentou uma avaliação, após refletir sobre o período pós-greve, pedimos a todos que leiam com carinho, pois a atual diretoria biônica recusou a publicá-la.
Três pontos centrais sobre a greve
1 – Desde 2009 o nosso coletivo insistiu para que a categoria realizasse um movimento mais firme, que pudesse colocar em xeque as políticas do governo Lacerda, pois as mesmas significavam um rompimento com diversos projetos e experiências realizadas pela rede municipal, nas últimas décadas, sem falar que o eixo central do governo é de responsabilizar os/as trabalhadores/as do setor pelos problemas de aprendizagem.
Segundo o nosso ponto de vista, apesar da greve acontecer tardiamente, com relação aos projetos em desenvolvimento, do final do governo Pimentel e inicio do governo Lacerda, ela interrompeu o caminho fácil da administração na medida em que mostrou uma categoria disposta a lutar pelos seus direitos e com capacidade de realizar muitos enfrentamentos, no campo da política educacional. A greve, ainda que timidamente, reacendeu a necessidade de discutir o funcionamento das escolas, a democracia na tomada de decisões e a participação da comunidade escolar.
Houve também a retomada da nossa pauta de reivindicações pelo conjunto da categoria.
É preciso salientar que a participação efetiva da categoria nas grandes assembleias, nas regionais e nas visitas às escolas mostrou um nível mais avançado de mobilização, e certamente este fato foi aquilo que podemos chamar de uma vitória da nossa greve.
 2 – As negociações e o descompromisso do Governo Lacerda
Não poderíamos esperar algo diferente do governo Lacerda, mas a prefeitura inicialmente tentou desconhecer o movimento, não se manifestava ,e também, não propunha qualquer atendimento às nossas reivindicações. Com a nossa greve e também com a pressão da categoria pelo atendimento das reivindicações, tivemos algumas reuniões, mas que não se caracterizavam como negociações reais. Pelo contrário, víamos que sequer o governo tinha, entre seus cargos de confiança, posições semelhantes de como tratar o movimento. No caso da SMED, a secretária optou por viagens, palestras, inaugurações e outras atividades que não diziam respeito à educação de Belo Horizonte.
Por outro lado, no próprio Comando de Greve, as avaliações eram muito distintas sobre a condução do movimento. Tivemos momentos em que parcela do Comando parecia estar à frente de um monstro e não enfrentando um governo desqualificado e irresponsável com a educação municipal. O medo, de uma parcela do Comando, também acabou contaminando parte da categoria, evoluindo para um quadro de falta de perspectiva com a nossa greve. Este erro teve seu ápice na última assembleia, em que ao passar os informes das negociações a mesa omitiu a proposta real do governo, que inclusive foi falada em reunião (a divisão em 2 parcelas do reajuste de 4,11%). A companheira Thais, durante assembleia informou este importante detalhe, mas que a parcela do Comando, que defendia o final da greve fez questão de esconder da categoria.
3 – Uma Diretoria biônica e aquém das potencialidades da categoria
A greve também revelou os problemas que temos em nosso sindicato. Logo que foi iniciada, alertamos que a condução do movimento era do Comando de Greve, e não da diretoria do sindicato e que lutaríamos junto com a categoria pelos nossos direitos, dispensando à greve todas as nossas energias. Por isso, assumimos várias comissões e trabalhamos efetivamente para garantir o sucesso da greve.
No final da greve outro elemento ficou evidente: aqueles que se apossaram indevidamente da diretoria do SindREDEBH, Chapa 2 - PSTU/PV, não tem condições de representar a categoria. Primeiro, porque não é parte legítima, pois o processo eleitoral mostrou que a categoria votou também em outros segmentos e defendeu a proporcionalidade. Segundo, porque deixaram explícito que tem medo (ou conciliam?) com a administração municipal ao se recusarem enfrentá-la com a continuidade da greve.

As ações da diretoria biônica para se apoderar do SindREDEBH
Apenas uma parcela da categoria acompanhou o desenrolar das eleições no SindREDE-BH, pois sempre foi um processo razoalmente democrático com proporcionalidade direta na base. Nas duas ultimas eleições as chapas tiveram a mesma composição. Chapa 1 - militantes do PT e PCdoB/Independentes; Chapa 2 – PST/PV U e a Chapa 3 com militantes do PSOL, PCB e independentes.
Nos dias 03 a 06 de novembro de 2009 realizaram-se as eleições para os cargos de diretoria colegiada e conselho fiscal e de ética do SindREDEBH. O resultado das eleições foi: Chapa 1= 695 votos; Chapa 2= 1578 votos; Chapa 3= 776 votos; Votos Nulos = 115; Votos Brancos= 70. Excluídos os votos brancos e nulos conforme determina o estatuto da entidade, as chapas obtiveram os seguintes percentuais: Chapa 1= 22,794%; Chapa 2= 51,755%; Chapa 3= 25,451%. O que numa diretoria de 30 membros resulta:             
Chapa 1 - 06 cargos efetivos + 01 suplente   = 07
Chapa 2 - 12 cargos efetivos + 03 suplentes = 15
Chapa 3 - 07 cargos efetivos + 02 suplentes = 08
O resultado final foi o publicado por todas as chapas em seus veículos de comunicação, tais como emails e blogs. Entretanto, no dia da posse a primeira surpresa, a Comissão Eleitoral, comandada pela Chapa 2, comunicou às demais chapas que os números haviam mudado. Para isso, utilizou-se da lei dos partidos políticos para fazer os novos cálculos. È a mesma lei que a Ditadura usou na época do UDN e PSD. Fabricou-se uma maioria artificial para a Chapa 2 – PSTU/PV retirando um cargo da Chapa PT/PCdoB.
Chapa 1 - 05 cargos efetivos + 01 suplente   = 06
Chapa 2 - 13 cargos efetivos + 03 suplentes = 16
Chapa 3 - 06 cargos efetivos + 02 suplentes = 08
Diante do inusitado cálculo, as chapas 1 e 3 decidiram só tomar posse, quando fosse respeitado o resultado das urnas e o estatuto do sindicato, pois se tratava de um golpe. Diante da não posse da diretoria a Comissão Eleitoral realizou nova operação matemática e nova “convocação” de posse com o seguinte resultado:
Chapa 1 - 05 cargos efetivos +  01 suplente   = 06
Chapa 2 - 13 cargos efetivos  + 04 suplentes = 17
Chapa 3 - 06 cargos efetivos  + 01 suplente   = 07
Como pode ser observado, a matemática utilizada pela Comissão Eleitoral, sob a orientação da Chapa 2, visa atender seus interesses e manter o gope. Primeiro, pega 01(um) cargo da Chapa 1, em seguida pega 01(um) cargo da Chapa 3. E, segundo um dos membros da Direção da Chapa 2, a intenção era transformar os 15 cargos obtidos nas eleições (12 efetivos + 03 suplentes) em 30 cargos (24 efetivos + 06 suplentes), para ficarem com toda Diretoria, através de novos golpes.
Para isso, convocaram para o dia 10 de Fevereiro uma Assembleia de Filiados com a seguinte pauta:"Recomposição de 7 cargos na Diretoria", em completo descumprimento do estatuto do SindREDEBH. No início da assembleia os representantes das chapas 1 e 3 solicitaram a alteração de pauta, por desrespeitar o estatuto, que garante amplo direito de defesa para quem não tomou posse, explicitar as suas razões. Seguiram a assembleia desconsiderando o estatuto e encaminhando uma votação autoritária para tomarem de Assalto o  SindREDE-BH. Resumindo, a Chapa 2 – PSTU/PV tomou para si todos os cargos e se EMPOSSOU do SINDREDEBH!
Para isso, junto com a Comissão Eleitoral, queimou e falsificou atas, usou a lei eleitoral da DITADURA MILITAR para justificar um cálculo que lhes favoreciam, realizou manobras em assembléia para garantir uma política partidária.
Os membros das chapas 1 e 3 continuam na luta em defesa da categoria e do SindREDEBH, pois o sindicato é nosso instrumento de luta, e não pode ficar na mão de quem não tem compromisso com os direitos da categoria.  

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