Durante a campanha salarial chamamos a atenção para discutirmos conjuntamente o reajuste salarial e a previdência, pois nós da educação temos um contingente de 50% prestes a se aposentar. Entretanto, o encaminhado junto ao funcionalismo foi de separarmos o debate da política e reajuste e a previdência. Erramos em correr primeiro atrás do reajuste que o governo só aprovou no segundo semestre, modificando mais uma vez a nossa data-base de maio para outubro. Agora, estamos paralisados diante de um profundo ataque aos direitos duramente (re)conquistados em 1999, ocasião de outra tentativa de reforma previdenciária patrocinada pelas sucessivas administrações de BH.
Precisamos recuperar um pouco a história deste processo para pensarmos ações coletivas que impeçam a concretização do golpe do Lacerda sobre nossos direitos. O PL 1410, que tratava da reestruturação do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores do Município de Belo Horizonte (RPPS) entrou na Câmara em 2010. No início de 2011, ele foi suspenso após várias lutas dos servidores. No mês de abril aconteceu o Seminário da Previdência na Câmara Municipal e ficou decidido que a partir daquele momento os sindicatos e demais entidades passariam a negociar os pontos do projeto com a PBH. O governo enviou novo projeto, o PL 1920/11. que incorporou algumas reivindicações.